Destaques
Visita ao Museu do Dinheiro para público cego e baixa visão a 19 julho às 11h
Atualizado em 12/07/2025A pedido do Museu do Dinheiro do Banco de Portugal, procede-se à seguinte divulgação:
“No dia 19 de julho, sábado, às 11h (90 min.), vamos ter uma Visita orientada ao Museu do Dinheiro com experiências táteis.
ENTRADA GRATUITA, com inscrição prévia através do info@museudodinheiro.pt ou +351 213 213 240.
Nesta visita, vamos explicar o que afinal é o dinheiro, através de objetos históricos que se podem tocar!”
Cooperação com a Câmara Municipal de Sintra
Atualizado em 31/05/2025A APEC assinou um acordo de cooperação com a Câmara Municipal de Sintra para levar formação especializada a pessoas com deficiência visual do concelho.
As áreas abrangidas incluem:
Orientação e Mobilidade
Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)
Leitura e Escrita Braille
Atividades da Vida Diária
Esta parceria tem como objetivo promover a autonomia e a inclusão, através de formações que fazem realmente a diferença.
Se reside em Sintra e precisa deste apoio, entre em contacto com a APEC ou com a Câmara Municipal. Estamos aqui para ajudar!
Contactos:
213 887 833 (chamada para a rede fixa nacional)
Consigne 1% do seu IRS à APEC e faça a diferença!
Atualizado em 07/04/2025Com um simples gesto, pode contribuir para melhorar a vida de milhares de pessoas com deficiência visual em Portugal. Ao consignar 1% do seu IRS à APEC - Associação Promotora do Ensino dos Cegos, está a apoiar diretamente quem enfrenta esta condição, seja por causas congénitas, cataratas, glaucoma, degeneração macular, retinopatia diabética ou outras patologias.
Desde 1888, a APEC tem sido um pilar na defesa dos direitos e interesses das pessoas com deficiência visual, promovendo apoio especializado e multidisciplinar para melhorar a sua qualidade de vida. No entanto, para continuarmos esta missão, precisamos do seu apoio!
Porque deve consignar 1% do seu IRS à APEC?
Sem custos para si – o valor é atribuído pelo Estado.
Processo rápido e simples – demora apenas alguns segundos.
Não afeta o seu reembolso – apenas decide para onde vai parte dos seus impostos.
Como ajudar?
Entre 1 de abril e 30 de junho, ao preencher a sua declaração de IRS (Modelo 3, Campo 11), selecione Instituições Particulares de Solidariedade Social e insira o nosso NIF: 501 130 292.
Junte-se a nós e transforme o seu IRS em solidariedade!
Partilhe esta mensagem com familiares e amigos – os nossos beneficiários ficarão gratos com o seu gesto.
Agradecemos desde já o seu apoio!
APEC - Há 135 anos na defesa dos direitos e interesses das pessoas com deficiência visual.
Comemoração do 137º aniversário da Associação Promotora do Ensino dos Cegos
Atualizado em 21/02/2025A Associação Promotora do Ensino dos Cegos irá comemorar o seu 137º aniversário – 12/03/1888, no dia 15 de março de 2025, nas suas instalações, sitas na Rua Francisco Metrass, nº 95, em Lisboa, Campo de Ourique.
Gostaríamos muito de contar com a sua presença!
A data será assinalada com uma programação especial, que se iniciará com a Palestra "O cérebro ao serviço da leitura e escrita na ausência de visão", proferida pelo Senhor Professor Doutor Alexandre Castro Caldas, Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade Católica Portuguesa, seguido de um almoço que terá como objetivo principal o convívio e a celebração, entre todos.
O evento comemorativo terá a seguinte programação:
- 10h00 – Palestra "O Cérebro ao serviço da leitura e escrita na ausência de visão"
- 13h00 – Almoço de Convívio
- 15h30 – Entrega do Prémio de Mérito a Estudantes com Deficiência Visual
- 16h00 – Momento Musical
Confirme, por favor, a sua presença até ao dia 10 de março.
Vamos celebrar!
A Direção
APEC – Desde 1888 na defesa dos direitos e interesses das pessoas com deficiência visual.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo
Atualizado em 30/12/2024A Associação Promotora do Ensino dos Cegos deseja a todos um Feliz Natal e um próspero Ano de 2025. A APEC direciona-se para o futuro, formando e capacitando pessoas com deficiência visual. Pessoas cegas e com baixa visão compartilham com todos a magia do Natal, prosseguindo a busca da igualdade de oportunidades e de uma sociedade mais justa.
2ª Edição Férias Acessíveis - Projeto “Lazer sem Fronteiras”
Atualizado em 02/0/2024Decorreu novamente este ano, mais uma edição das Férias Acessíveis. O projeto “Lazer sem Fronteiras”, promovido pela Associação em parceria com a Fundação INATEL foi pela primeira vez co-financiado pelo Programa de Financiamento a Projetos do INR, I.P. e realizou-se entre os dias 10 e 15 de Maio tendo contado com a participação de 30 pessoas com deficiência visual e 4 voluntárias. O destino escolhido este ano foi a Ilha Graciosa, nos Açores, considerada a Ilha dos Moinhos e dos Vulcões. Fazendo jus ao seu nome, revelou-se um pequeno paraíso no meio do Oceano Atlântico, favorecendo ainda mais o convívio e confraternização entre os participantes. Esta foi, sem dúvida, mais uma oportunidade que permitiu proporcionar a todos um período de descanso relaxante e inclusivo.

Memórias da Ilha Graciosa – 2024
Atualizado em 07/06/2024No seguimento da ação "Férias Acessíveis 2024", organizadas pela APEC em parceria com o INATEL entre 10 e 15 de Maio, replicamos aqui dois textos do associado Sr. Agostinho Costa, que servem como memória dos excelentes convívio e iniciativa.
Açores - Natureza bruta a ser graciosa
Após mais de dez horas de viagem, intercaladas por paragens nos diversos aeroportos, pois haviam sido três os aviões que nos transportaram, chegáramos ao nosso final, a Graciosa. Lisboa, Aeroporto Humberto Delgado, Lages; Lages Ponta Delgada, Aeroporto João Paulo II; Ponta Delgada Graciosa.
Ilha Graciosa, que existe a partir de um vulcão há cerca de um milhão de anos. A cerca de vinte e oito mil ela ficou deveras graciosa! Ilha Branca devido ao traquito, uma rocha que cobre os seus montes. E que, segundo Raul Brandão, nas suas Ilhas Desconhecidas, a identificou... Uma de «quatro saindo do mar - a Graciosa dum verde muito tenro acabando dum lado e do outro em penhascos decorativos»!
Em Guadalupe, A Sra. Maria José Quadros, ao nos mostrar a mercearia-museu Tomás Betencourt, foi-nos declamando versos sobre a bela terra. Graciosamente bela, graciosamente graciosa, era a
Graciosa! Ilha branca... aquela que surgira de uma rosa...Fora a fada que sobre o mar salgado deixara cair uma rosa. Rosa que sobre o mar adormecera e sonhara, sonhara. De tal sonho, ao acordar, encontrou-se rochedos, terra, vinhedos, jardins, flores, graciosa... Isto segundo a lenda. E a Sra. ainda nos serviu um saboroso lanchezinho, com diversos tipos de biscoito da Graciosa e um copinho de Angelica, um licor feito a partir do vinho.
Foi-nos concedido o privilégio de visitar a Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe, que resultara de uma primeira ermida. Fora erguida a ermida nos finais do século XVI para guardar a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe trazida do México por Domingos da Covilhã. Em 1713 iniciava-se a construção da actual igreja. O seu final aconteceu em 1756, pois entretanto, sobrevieram tremores de terra que impediam o avanço da construção.
Apresenta um estilo barroco açoriano, caracterizado pela sua fachada imponente em cantaria negra e pelo interior rico em talha dourada.
Possui um Órgão do século XVIII, construído pelo artista português José Leandros da Cunha. Foi o segundo órgão nos Açores.
Uma imagem de Nossa Senhora de Guadalupe é muito venerada no seu altar. Esta imagem desafia o meu espírito a voar pelos céus, a buscar o infinito, pois toda ela é um desafio de altitude e espiritualidade... vestido num tom de azul, talvez mais rosa velho com tons doirados, todo esvoaçante. Possui uma coroa toda em doirado, assim como um ramo de flores na mão direita. no braço esquerdo guarda o menino, sobre o coração.
Belo momento o da passagem pelo miradouro da Praia da areia Vermelha, do barro vermelho. Encostado ao paredão, uns seis metros sobre o mar, permitia ouvir o som do seu marulhar, bastante suave. Quatro ilhotas de um vermelho bem vivo espraiavam-se pelo azul do mar. O céu, não tão azul, pois eram mais as nuvens, pairava acima, com os pássaros que voavam em chilreio bem alegre. Pássaros, mar, céu nublado, onde de vez em quando o sol conseguia refulgir, todo um ambiente de paz e sossego, de fruição.
Estávamos perante uma baía bem fornecida de peixe, que não podia ser pescado. Era um perfeito refúgio para diversas aves migratórias e residentes, Petrel, cagarra, Garça, garajau rosado, garoupa, sardo, e outros... O peixe existente na baía era todo para seu alimento.
Num outro momento, já pela tarde, fomos visitar o burro anão. Tivemos de percorrer, a pé, cerca de um quilómetro por um caminho de seixos para chegar à quinta. Mas valeu a pena. Fomos recebidos por alguns zurros, de estranheza, por certo pelo grande grupo, mas nada de rejeição.
Burrinhos bem pequenos, menos de um metro de altura. Meias pelagens, a do Inverno estava a cair e a do Verão a chegar. Pelagem parda, russa, com tons de castanho ou preto , parecia-nos de beleza feita a destes adoráveis e pacíficos animais. Mas apetecia tocar nalgum deles. E foi isso que a Sandra, a sua cuidadora nos proporcionou.
Foi, pois, um gosto colocar as mãos sobre a garupa da Natália. O seu olhar, que me observava, transmitia paciência, docilidade, inteligência. Não deixei de lhe colocar o braço sobre o pescoço como num abraço, bem aceite pela já minha amiguinha.
Burrinhos anões, autóctones da ilha, que provavelmente eram originários da Península Ibérica, tendo ido para a Graciosa no início da colonização, nos finais do século XV. Isto nos explicou a Sandra ao nos servir um pequeno lanche. Tive gosto em dar uma pequena oferta em dinheiro para ajuda do trato dos animais, eram vinte e oito, de tal modo repousante havia sido aquele momento.
Mas para este dia ainda estava reservado o maior desafio. Pois íamos lançar-nos à descida do trilho ao longo do vulcão da Caldeirinha. Tarefa relativamente pouco extensa, não chegando aos mil e quinhentos metros. O seu grau de dificuldade residia no tipo de percurso, pois parte dele era feita em estreito carreiro apenas cabendo uma pessoa. E até para maior segurança por vezes agarrávamo-nos ao ombro da pessoa da frente, conseguindo assim maior segurança. E lá se ia fazendo, não sem que um ou dois membros do grupo acabassem por escorregar e cair no trilho. Nada de grave, contudo.
E até que o trilho era deveras agradável. Diversas eram as plantas, arbustos, árvores, em que íamos roçando, urze, tomilho, E os pássaros! O seu gorjeio constante era sinal de um bem simpático e agradável companheirismo. Afinal, chegávamos ao termo da jornada, da primeira parte da jornada. Pois ainda teríamos que fazer o percurso de retorno, este em trilho paralelo. Ah, que bom! Tínhamos água para beber. Da rocha corria um abundante fio do saboroso e desejado líquido, a Fonte da Rocha. Que não deixei de aproveitar. Para o beber tive de me servir das mãos, receber a água em concha, e usufruir de uns goles que logo me reanimaram.
O regresso foi apenas relativamente mais fácil. Pois apesar de o trilho ser mais largo, em alguns pontos subir mais, e devido à relva húmida, os ténis escorregavam pondo em perigo o equilíbrio. Mas, enfim, com a agradável companhia dos passarinhos, lá chegámos ao topo. E prontos para, no dia seguinte, descer à furna do enxofre.
A Furna do Enxofre, localizada na ilha Graciosa, Açores, é uma caverna vulcânica de beleza ímpar. Resultou de vastos movimentos vulcânicos acontecidos a uns bons milhares de anos. Possui um Teto em abóbada perfeita, considerado a maior abóbada vulcânica da Europa. A caverna possui 194 metros de comprimento e 50 metros de altura na sua parte central.
Sentia-me expectante ao iniciar o acesso ao interior da Furna do Enxofre do vulcão da Caldeira, através de uma torre com cerca de 37 metros de altura, equipada com uma escadaria em caracol com 183 degraus. Mas a descida foi mais que pacífica. Sentia-se um leve cheiro a enxofre, nada que incomodasse. E lá estava sob a estranha, altaneira, abóbada. De vez em quando recebia na cabeça, nas costas, uns grossos pingos de água, nada que incomodasse. E foi possível ouvir os respingos resultantes da ainda existência de fumarolas. E também o som em coro da canção açoreana Morte que Mataste Lira, que todos não deixámos de acompanhar, a partir da bonita voz da professora Lizete, a sempre nossa guia. Belo momento, momento cheio de fruição, ali nas entranhas da terra!
Para baixo existia ainda um pequeno lago fechado na cratera. Amarrado na margem um pequeno barco, que apenas servia para algum homem de ciência que viesse fazer trabalho de exploração. Como o haviam feito no século XIX o Príncipe Alberto do Mónaco e os naturalistas Fouqué e Hartung.
Agora, já noutro dia, era o Farol da Ponta da Barca, o mais alto dos Açores. Ah, e o Ilhéu da Baleia! Qual das lendas a mais certa sobre a sua criação: a que falava do gigante Adamastor, o enamorado da Terceira, que percorria o mar a nado para ver a sua amada Berta, a graciosa, da Graciosa? Que em certa noite se perdeu e morreu no mar formando o ilhéu. Diz que ainda se ouvem os seus lamentos de amor pelas noites de luar, chamando por Berta? ou a de uma baleia gigante que encalhou na costa da Graciosa, e que os habitantes confundiram com uma ilha? Cada qual saberá apreciar a que melhor quadra ao seu espírito. Mas, e deveras singular, belo era o ilhéu! E mais belo seria ainda se visto do cimo da torre do farol. Beleza seria avistá-lo, avistar o longe, o longe, o mar mais ou menos azul, até ao horizonte, com um céu ora azul ora acinzentado!
E os dias iam passando... calmos, cheios de interesse, rápidos! Foi um gosto visitar a igreja matriz de Santa Cruz da Graciosa. Bem perto da praça central, o Rossio, a Praça das Araucárias, árvore proveniente da Austrália há uns oitenta anos. Afinal, a Praça Fontes Pereira de Melo, onde não faltava o seu coreto para as diversões, de que as gentes da Graciosa tanto gostavam.
Apreciámos a Torre de São Francisco, o que restava do convento que ali existira. Este fora construído a partir de uma ermida erguida a Nossa Senhora da Ajuda pelo século XVI. Esta fora construída no cimo do monte, Monte de Nossa Senhora da Ajuda, talvez para afugentar os piratas. Também no cimo do monte era visível um vulcão. Mais um em que a Graciosa é rica.
O convento que sobreviera à ermida, fora construído, reconstruído pela última vez no século XVIII. Por fim fora demolido nos finais do século XIX, devido ao abandono dos conventos a que se assistia no país, restando apenas a torre.
Afinal, a igreja matriz de Santa Cruz da Graciosa. Num estilo barroco açoreano, nela o que mais me fascinou foram as pinturas designadas da Arruda dos Vinhos. O Políptico da Matriz de Santa Cruz da Graciosa é um conjunto de seis pinturas a óleo sobre madeira pintadas cerca de 1550 presumivelmente pelo artista português que se designa por Mestre de Arruda dos Vinhos para a Igreja Matriz de Santa Cruz. O estilo das pinturas do Políptico da Matriz de Santa Cruz da Graciosa apresenta forte paralelismo ao das pinturas do Políptico quinhentista de Arruda dos Vinhos sendo pelos historiadores de arte e no estado actual do conhecimento situadas em meados do século XVI e ligadas ao artista anónimo formado na escola de Diogo de Contreiras, conhecido pelo nome de Mestre de Arruda dos Vinhos. A Igreja de Santa Cruz, na Ilha Graciosa, de origem quinhentista mas muito alterada por reconstrução entre 1722 e 1743, conserva assim um dos mais importantes conjuntos de pintura do século XVI existentes no Arquipélago dos Açores.
São as seguintes as pinturas: Caminho do Calvário; Calvário; Deposição de Cristo; Pentecostes; Santa Helena e a Invenção da Cruz e O Imperador Heráclio e a Exaltação da Santa Cruz.
Outra igreja nos coube visitar. A de São Mateus na Vila da Praia. O edifício mais alto da Ilha da Graciosa. Aí foi possível apreciar a talha dourada do altar e os belos adereços. Foi deveras agradável ouvir o seu órgão tocado pelo nosso guia, Fábio Mendes. A composição "Entrada para el Te Deum", de José Elias, que, por uns minutos, me transportou para distâncias e tempos fora da distância e do tempo, onde o espírito a tudo se sobrepôs. E voou, voou...
A nossa guia Lizete ainda nos levou ao Reservatório do Atalho, construído no século XIX para captar a água da chuva. Descemos ao seu interior agora museu. Falou-nos da arquitectura da água. Já que a Graciosa era, sempre foi, escassa em água, foi necessário ter um cuidado especial na sua obtenção e conservação. De tudo isto nos falou. De como existia um reservatório em cada uma das quatro freguesias, de como aágua era transportada em carrocinhas puxadas por cães até aos habitantes. E deu alguma ênfase ao modo como a água caía no reservatório, de modo a que houvesse sempre uma dinâmica de movimento.
Passámos ainda pelas Termas de Moncarapacho. Não me interessei por experimentar a piscina ou alguma das banheiras. Teria preferido tomar um café numa esplanada, a ouvir o mar, que marulhava por ali tão perto. Mas, informaçção mal procurada, só no final da visita soube que ali bem perto existia tal estabelecimento...
E na última noite na bela Ilha da Graciosa, a cereja no topo do bolo. Bem, naqueles dias já tínhamos usufruído de diversos bolos e diversas cerejas! Foi-nos dado o grande prazer de ouvir música e assistir à dança, trazidas até nós pelo Rancho Folclórico de Vila da Praia! O grupo era pequeno, eram apenas cinco os pares que dançavam. E chegou um momento alto, quando cada membro dos cinco pares chegou até um de nós para nos integrar na dança! Foi agradável, foi bonito! Graças à bela e graciosa graciosense pude dançar alguns passos, pairar sobre o movimento físico, levado pela música, pelo movimento, e, porque não dizê-lo, pela agradável companhia...
Foi chegado o dia último. Já era o avião que circulava na pista. Já descolava! Palmas de Adeus à Ilha Graciosa! Ia ficando para trás, terra pequena, vasto mar, imenso céu, por onde agora seguia no voo do aeroplano, no voo do espírito! Adeus Graciosa, até um dia!
Agostinho Fonseca, 25/05/2024
Um dia na Ilha Terceira
O avião acabava de descolar. E ia subindo, subindo.... Não muito, contudo. Acabávamos de sair da Graciosa, a caminho da Terceira. Em pouco tempo, já começávamos a descer. E Terceira à vista! Pensei em António de Meneses, Duque da Terceira, e no rei D. Pedro IV, os responsáveis pela liberdade em Portugal no tempo das lutas fractricidas entre liberais e absolutistas, com Dom Miguel.
Entrámos no autocarro, já com a companhia do Sr. Hiriberto. Seria ele quem nos ia acompanhar durante esse dia. E seguimos até à Serra de Santiago, até ao Miradouro do Facho. Encostado ao paredão, mais uma presença, uma tentativa de comunhão com o esplendoroso mar. Havia algum Sol, pelo que Céu e Mar me iam mostrando as suas mais belas cores, azul para o Céu, meio esverdeado para o Mar. Para além, no horizonte, tudo se confundia. E até me parecia que eram os raios doirados que presidiam ao fulgor que resplandecia.
Era possível observar, a alguma distância, a Vila da Praia da Vitória. E o seu monumento de seis metros de altura ao Imaculado Coração de Maria. Como o meu espírito se sentia atingido por todo este ambiente, de paz, de luminosidade, de eternidade. E a ajudar todo o meu sentir, o voo constante de muitos passarinhos, que se iam revesando para nos acompanhar, para me acompanhar!
E seguimos para a Base das Lages. A Base militar no 4, cuja pista era partilhada entre o tráfego civil e militar.
Fomos recebidos pelo comandante da base. Este, numa breve mas interessante palestra, deu-nos as informações sobre o actual aproveitamento da base. O seu papel era mais o de ser ponto de passagem de aviões militares, sobretudo portugueses e americanos. Pois até é com estes que a base ainda é partilhada. Agora, o mais importante papel desempenhado pelos militares da base é o de salvamento. Estão a-postos a todo o momento para socorrer algum navio em perigo ou outro tipo de necessidade de ajuda. Com uma certa graça, o comandante referiu-nos um salvamento que tiveram que efectuar há algum tempo quando estavam a visualizar um importante jogo de futebol com a nossa equipa e se deliciavam com uns camarões e umas cervejas. óbvio, ficaram os camarões, ficaram as cervejas, e quem ganhou...?
E foi-nos dada a possibilidade de visitar o hangar, e até penetrar o interior de um helicóptero de salvamento, um dos maiores, com capacidade para 35 sobreviventes. Passámos pelos lugares: do piloto, do co-piloto, do manobrador do guincho, das macas, uma ou outra montada, etc. O guincho era, por certo, o equipamento mais importante, pois era através dele que os sobreviventes eram içados para o interior do helicóptero. Acção que era influenciada pelas condições do tempo, do local, se no mar se em terra, montanhas, desfiladeiros. Podiam ser mais adversas, e o guincho, bem como o helicóptero, e obviamente os bravos que exerciam tal mester, era um todo unido a resolver qualquer salvamento!
Para a tarde, após termos saboreado o espadarte pescado nas águas dos Açores, no Restaurante O Baleeiro de Angra do Heroísmo, ainda demos uma breve volta pela praça central da cidade, a Praça Nova. A praça velha ficara para segundo plano, agora era a nova que significava o centro da vida da cidade.
De novo no autocarro, agora já com destino ao aeroporto, íamos ouvindo as palavras explicativas do nosso guia Iriberto. Como a tarde já ia avançada, e tínhamos que nos preparar para rumar a Lisboa, não fora possível subir ao Monte Brasil. Ficaria para uma outra oportunidade...
O nosso guia, tenor de profissão, ia pontuando as suas palavras com trechos de Música. Cantou a Chamateia. Abri a música no telemóvel e fui até ele acompanhando-o. Pouco depois, iniciou a Avé Maria de Schubert. Mas esta, logo a interrompeu.. e tão bonita que era!
Já mais tarde, o avião, um Airbus 320, levava voo, ares fora, com destino a Lisboa. E foram palmas e mais palmas que batemos quando o avião largou o solo. No meu pensamento, que se perdia nos ares, Adeus minhas belas ilhas, adeus Terceira, mal conhecida! Adeus Graciosa, quem sabe, um dia voltarei!
Agostinho Fonseca, 22/05/2024
Campanha consignação 0.5% do IRS – 2024
Atualizado em 09/04/2024De 1 de abril a 30 de junho, quando entregar a sua Declaração de IRS, escolha a Associação Promotora do Ensino dos Cegos, como beneficiária dos 0,5% do seu IRS.
A Campanha de consignação de IRS permite encaminhar 0.5% do imposto retido que ficaria para o Estado.
Ao contribuir com 0.5% do imposto, retido pelo Estado, além de não ter custos para si, o seu reembolso não será afetado.
Assim, o Estado abdica dos 0.5% retidos por si, doando-os à Associação Promotora do Ensino dos Cegos – NIF – 501130292 e com esse gesto pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas, porque todos podemos e devemos contribuir para apoiar uma condição que não acontece só aos outros, mas também pode acontecer a cada um de nós.
Voto Solidário MB WAY no mês de março
Atualizado em 22/03/2024Vote na causa da APEC!
A Associação Promotora do Ensino dos Cegos é uma das instituições selecionadas para o Voto Solidário MB WAY no mês de março.
Com o seu voto, pode-nos ajudar a adquirir material e equipamento para pessoas com deficiência visual para as atividades da sua vida diária!
Apoie-nos com donativos a partir de 1€ no MB WAY, selecionando a APEC no menu "Ser Solidário". Cada donativo corresponde a 1 voto.
No final do mês de março, a causa mais votada recebe um donativo extra, realizado pela SIBS, de 1.500€ e a causa que ficar em 2º lugar, receberá 500€.
Vote, partilhe e divulge!
Contamos com o seu apoio! Obrigado!
Saiba mais em:
https://www.mbway.pt/ser-solidario/voto-solidario/
https://www.mbway.pt/ser-solidario/voto-solidario/#APEC
Comemoração do 136º aniversário da APEC
Atualizado em 22/02/2024Prezados Associados, Beneficiários e Amigos.
A Associação Promotora do Ensino dos Cegos irá comemorar o seu 136º aniversário – 12/03/1888, no dia 16 de março de 2024, nas suas instalações, sitas na Rua Francisco Metrass, nº 95, em Lisboa, Campo de Ourique.
A data será assinalada com uma programação especial, onde teremos a Exposição “Na Rota da Biodiversidade”, para proporcionar uma experiência interativa e sensorial, com a colaboração do Centro Pedagógico do Jardim Zoológico de Lisboa, seguido de um almoço que terá como objetivo principal o convívio e a celebração, entre todos.
Convidamos todos a inscrever-se e vir confraternizar connosco! Garanta já a sua vaga!
O evento comemorativo terá a seguinte programação:
- 10h00 – Exposição “Na Rota da Biodiversidade”
- 13h00 – Almoço de Convívio
- 15h30 – Entrega do Prémio de Mérito a Estudantes com Deficiência Visual
- 16h00 – Momento Musical
MENU:
- ENTRADA (sopa):
- Creme de abóbora com hortelã.
- PRATO PRINCIPAL (composto por 2 pratos):
- Bacalhau com broa acompanhado com batatinhas aloiradas.
- Peitos de peru estufado com castanhas, acompanhado com arroz árabe.
- OPÇÃO PRATO VEGETARIANO (indicar no ato da inscrição):
- Lasanha de espinafres.
- SOBREMESA:
- Cheesecake de frutos silvestres.
- BEBIDAS:
- Vinho branco ou tinto
- Cerveja
- Água
- Sumo de laranja
- Refrigerantes
- Café
Mais informamos que o valor da refeição será de:
- Associados, beneficiários e familiares: 10 €
- Pessoas com deficiência visual e acompanhantes que não sejam associados nem beneficiários: 15 €
- Outras pessoas que queiram juntar-se a nós: 20 €
- Crianças com menos de 4 anos 0 €
- Crianças entre os 5 e os 12 anos 50% do valor
INSCRIÇÃO
As inscrições devem ser feitas até ao dia 11/03/2023 e só são validadas após o pagamento do respetivo valor, para o NIB: 003600399910030245208 ou pelo MBWay 933 575 956, tendo os interessados que remeter o comprovativo do pagamento até ao dia 11/03/2023, para o e-mail apecgeral1888@apec.org.pt ou pessoalmente na secretaria da Associação.
No ato da inscrição deverá mencionar se opta pelos pratos principais ou vegetariano.
Contamos com a sua presença!
Vamos celebrar!
Bom Ano de 2024
Atualizado em 05/01/2024A Associação Promotora do Ensino dos Cegos deseja a todos um Bom Ano de 2024.
Aproveitamos para relembrar que no corrente ano vamos manter as valências que temos vindo a desenvolver, tais como:
- Apoio Psicológico disponibilizado a beneficiários e seus familiares;
- Apoio ao nível da orientação vocacional e profissional para promoção da empregabilidade;
- Apoio nas Tecnologias de Informação e Comunicação (Informática, IOS e Andróide);
- Apoio na Aprendizagem do ensino do Braille;
- Treino de Estimulação;
- Apoio na Orientação e Mobilidade (OM);
- Apoio nas Atividades da Vida Diária (AVD);
- Apoio à formação no domicílio;
- Aconselhamento jurídico prestado aos associados e aos beneficiários;
- Apoio na configuração e instalação de programas em computadores e telemóveis.
No que respeita às Tecnologias de Informação e Comunicação (Informática, IOS e Andróide) iremos promover novamente cursos sobre:
- Introdução à Lógica de Programação;
- Internet básica: Navegadores Edge, Firefox, Chrome, E-mail, Microsoft Teams, Google Meet, WhatsApp Desktop e Unigram;
- Introdução ao Desenvolvimento de páginas web em HTML;
- Digitalização e correção de Textos pelo Abbyy Finereader;
- Curso de fotografia e filmagem;
- Curso de Microsoft PowerPoint;
- Formação em Excel.
Ao longo do ano daremos continuidade na promoção de Workshops sobre as mais variadas temáticas com interesse para às pessoas com deficiência visual, suas famílias, associados e profissionais.
Continuaremos a dar apoio no aconselhamento de produtos de apoio, para pessoas com deficiência visual, sempre que nos for solicitado.
O ensino e treino da assinatura a pessoas cegas e com baixa visão continuará a ser uma das actividades a prosseguir pela nossa Associação.
Este ano, iremos desenvolver uma nova actividade dirigida às pessoas com deficiência visual que residam fora dos grandes centros urbanos, que consiste em dar cursos de orientação e mobilidade à distância, o qual será oportunamente divulgado.
Recordamos ainda que continuamos, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a disponibilizar como recurso gratuito para a população com deficiência visual, uma Biblioteca Digital ("Digiteca") com um acervo de cerca de 101000 livros em formato áudio e digital, de modo a promover a leitura e a cultura acessível a todos.
A APEC em parceria com a linha Ponto de Encontro continuará a promover na sala 4, sessões de esclarecimento todas as segundas quartas-feiras do mês, para tirar dúvidas sobre todas as temáticas na área da informática, tendo em vista chegar o mais longe possível.
Porque queremos continuar cada vez mais a dar respostas às necessidades das pessoas com deficiência visual, vimos informar que iremos implementar novas respostas para esta população, em parceria com as Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Empresas etc, tendo em vista responder ao maior número possível de pessoas que se encontram sem qualquer tipo de apoio no nosso País.
Prémio de Mérito a Estudantes com Deficiência Visual
Atualizado em 18/06/2023
Estão abertas as candidaturas ao Prémio de Mérito a Estudantes com Deficiência Visual.
Desde 2022 que a Direção da APEC deliberou instituir um prémio por mérito, a atribuir a estudantes com deficiência visual, residentes em Portugal e que tenham concluído a sua formação do ensino superior, do ensino secundário ou equivalente, nos termos e para os efeitos constantes do Regulamento que podem aceder pelo link: bit.ly/PremioMeritoAPEC
O período de candidatura ao prémio termina a 31 de dezembro do ano em que o candidato conclui a formação, pelo que com o término do ano letivo 2022/2023, os candidatos podem submeter já a sua candidatura.
Os alunos que reúnam as condições após preenchimento do Requerimento para Atribuição de Prémio de Mérito a Estudantes com Deficiência Visual, devem remeter a candidatura para o endereço eletrónico apecgeral1888@apec.org.pt ou pelo correio para a morada: Rua Francisco Metrass 95,1350-141 Lisboa.
Consignação IRS - APEC 2023
Atualizado em 07/03/2023
A consignação do IRS permite atribuir a uma entidade 0,5% do IRS liquidado (imposto que cabe ao Estado depois de descontadas as deduções à coleta), sem qualquer custo para si.
Assim, em vez do seu IRS ficar todo retido no Estado, uma parte será canalizada pelo próprio Estado para a causa que escolher apoiar. A entrega do IRS 2023, referente aos rendimentos de 2022, é feita entre 1 de Abril e 30 de Junho de 2023, independentemente da categoria de rendimentos do contribuinte. Desde o dia 1 de Janeiro, é possível escolher previamente a instituição a quem pretende consignar o seu IRS e IVA no Portal das Finanças.
Até 31 de março de 2023
Pode comunicar a instituição ou associação a quem pretende consignar o seu IRS e IVA no Portal das Finanças mesmo antes da entrega da sua declaração de IRS.
De 1 de abril a 30 de junho de 2023
Nesta fase, terá de adicionar o Número de Identificação Fiscal (NIF) da entidade a quem pretende fazer a consignação na entrega da sua declaração de IRS quer seja mediante entrega de IRS automática ou entrega de IRS manual.
Por isso, quando estiver a fazer a entrega do seu IRS, não se esqueça de introduzir o NIF 501 130 292 – APEC – Associação Promotora do Ensino dos Cegos no quadro 11, da folha de rosto da Declaração de Rendimentos Modelo 3 e com esse gesto pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas, porque todos podemos e devemos contribuir para apoiar uma condição que não acontece só aos outros mas também pode acontecer a cada um de nós.
Relembramos que ao destinar 0,5% do seu IRS já liquidado à APEC, não tem qualquer custo adicional para si. Ao fazê-lo, está a canalizar parte dos seus impostos para uma instituição à sua escolha.
Dê Visão ao seu IRS.
Resultados das Eleições de 15 de Dezembro de 2022
Atualizado em 19/12/2022Publica-se abaixo o Edital com os resultados das Eleições de 15 de Dezembro de 2022.
Edital - Resultados Eleitorais
Eleições de 15 de Dezembro de 2022
Atualizado em 29/11/2022Em preparação para a AG eleitoral de 15/12/2022, publica-se abaixo a informação relativa às listas a sufrágio.
Lista A
Prémio de Mérito a Estudantes com Deficiência Visual
Atualizado em 12/10/2022Em cumprimento do inserto no Plano de Atividades para 2022, a Direção da Associação Promotora do Ensino dos Cegos, na sua reunião de 24 de fevereiro de 2022, deliberou Instituir um prémio por mérito, a atribuir a estudantes com deficiência visual, residentes em Portugal e que tenham concluído a sua formação do ensino superior, do ensino secundário ou equivalente, nos termos e para os efeitos constantes do Regulamento anexo à presente deliberação, da qual faz parte integrante.
Mais deliberou, que o período de candidatura ao prémio, é de 1 a 31 de dezembro de cada ano.
A Direção
Apoio Braille
Atualizado em 01/05/2022Exmºs Senhores,
A Direção da Associação Promotora do Ensino dos Cegos vem informar todas as pessoas com deficiência visual, familiares, técnicos de Instituições ou professores, que queiram ou precisem de aprender Braille, que temos técnicos qualificados para prestar apoio nesta área. Para que seja possível respondermos a todas as solicitações, agradecíamos que o pedido do apoio seja feito com alguma antecedência, para que possamos responder a todos que necessitam de ajuda.
Consignação de 0,5% do IRS
Atualizado em 05/04/2022Uma vez que em breve vai entregar o seu IRS e que ao fazê-lo poderá ajudar uma causa que não acontece só aos outros, mas também pode acontecer a cada um de nós. A Associação Promotora do Ensino dos Cegos é uma Instituição que apoia pessoas Cegas e com baixa visão em todo o País e porque todos podemos e devemos cada vez mais chegar mais longe, vimos solicitar a todos que se queiram juntar a nós para que quando preencher o seu IRS não se esqueça de colocar a cruzinha para que a nossa Associação possa receber 0,5% da consignação do seu imposto.
NIF: 501130292
Muito obrigado por se juntar a nós nesta caminhada em prol desta causa.
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